Enfermeira Carlene


Carlene Souza Silva Manzini: 

Graduada em Enfermagem pela Universidade de Araraquara – UNIARA. Possui Mestrado em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Doutora em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSCar, tendo cumprido estágio de doutorado sanduíche na Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP), Portugal. Também é especialista em Gestão no Cuidado à Saúde pelo Departamento de Medicina da UFSCar. Membro do Grupo de Pesquisa Gestão em Envelhecimento, do Departamento de Gerontologia da UFSCar e membro da Sociedade Brasileira de Resiliência (SOBRARE). Possui experiência na área de Enfermagem, com ênfase nas áreas de Saúde Coletiva, Saúde Mental e Envelhecimento. Atua principalmente nos seguintes temas: Resiliência Psicológica; Cuidadores familiares; Demências, sobretudo Alzheimer; Cuidados Paliativos; Qualidade de Vida Relacionada à Saúde; Doença Renal Crônica e Hemodiálise. Atuou em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal, e como enfermeira de Saúde da Família; atualmente trabalha na Secretaria de Estado da Saúde, no Grupo de Vigilância Epidemiológica XII, em Araraquara-SP.

 

Na Tese de Doutorado, estudou o efeito da intervenção psicoterapêutica breve Relaxamento, Imagens Mentais e Espiritualidade (RIME) sobre a qualidade de vida e resiliência de pacientes em hemodiálise. Método da Tese: foram elaborados três artigos científicos: o primeiro, uma revisão sistemática, cujo objetivo foi verificar na literatura científica o histórico, a utilização e benefícios da intervenção RIME, nos diversos contextos de saúde/doença. As buscas foram realizadas nas bases BVSPsi, CINAHL, MEDLINE, SciELO, SCOPUS e Web of Science em setembro e outubro de 2018. Conforme os resultados desse estudo, a RIME promoveu ressignificação da dor simbólica da morte de pacientes fora de possibilidade de cura; proporcionou qualidade de vida no processo de morrer; contribuiu para a qualidade de vida de pacientes com câncer de mama com possibilidades de cura; favoreceu o bem-estar emocional de pacientes ostomizados; trouxe benefícios na qualidade de vida de pacientes com câncer de cabeça e pescoço; promoveu ressignificação da dor espiritual de jovens que passavam por processo de luto devido a perdas de entes queridos. O artigo foi publicado em 2020, na Revista São Paulo Medical Journal.
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O segundo artigo, um estudo clínico randomizado, objetivou verificar o efeito da intervenção RIME sobre a qualidade de vida, resiliência, bem-estar e desesperança de pacientes em hemodiálise. A amostra foi composta por 46 participantes, distribuídos em grupo intervenção (n=22) e grupo controle (n=24). Os grupos mostraram-se homogêneos quanto a idade, sexo, escolaridade e outras comorbidades. A percepção de qualidade de vida do GI foi melhor em quase todos os domínios da escala Kidney Disease and Quality-of-Life Short-Form (KDQOLSFTM) comparativamente ao GC, com significância estatística nos domínios sobrecarga da doença renal (p=0,012), saúde global (p=0,012) e bem-estar emocional (p=0,041); houve aumento nos níveis de resiliência no GI, pós-intervenção (p=0,018); melhora do bem-estar e da desesperança, com significância estatística (p=0,001), indicando menor nível de desesperança no GI.

 

O terceiro artigo, um estudo quase-experimental, teve por objetivo avaliar a qualidade de vida e resiliência de pacientes hemodialisados residentes na cidade do Porto (PT), antes e após a intervenção RIME, e identificar os fatores que interferem na resiliência destes pacientes. A amostra foi composta por 17 participantes. Os resultados dessa pesquisa evidenciaram que a percepção da qualidade de vida foi melhor em quase todos os domínios da escala pós-intervenção, com diferença estatisticamente significativa nas dimensões: função física (p=0,006) e função emocional (p=0,021). Na avaliação da resiliência, verificou-se aumento com significância estatística no período pós-intervenção (p=0,002); análises de regressão linear revelaram que religião, outras patologias e histórico de transplante são fatores relacionados ao aumento dos níveis de resiliência; e uso de medicamentos antidepressivos e anti-hipertensivos são fatores que podem interferir na diminuição da resiliência. A intervenção contribuiu para melhora na resiliência e de alguns domínios da qualidade de vida dos pacientes, podendo ser estimulada sua aplicabilidade no contexto dos pacientes em hemodiálise. O estudo foi publicado na Revista Texto e Contexto Enfermagem, em agosto de 2021.
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Também foram apresentados fragmentos da Tese em eventos científicos, tais como:
1. Manzini CSS; Damasceno VAM; Elias ACA; Orlandi FS. Comunicação Oral: EFEITO DA INTERVENÇÃO RELAXAMENTO, IMAGENS MENTAIS E ESPIRITUALIDADE (RIME) NA DESESPERANÇA E BEM-ESTAR DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE. XXXIII Congresso da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação – APEDT. Centro de Congressos de Vilamoura, Algarve-Portugal; março, 2019.

 

2. Manzini CSS; Damasceno VAM; Elias ACA; Orlandi FS. Pôster: O EFEITO DA INTERVENÇÃO PSICOTERAPÊUTICA RELAXAMENTO, IMAGENS MENTAIS E ESPIRITUALIDADE (RIME) SOBRE A RESILIÊNCIA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE: ESTUDO CONTROLADO E RANDOMIZADO. XX Congresso Paulista de Nefrologia, 2019, Atibaia – SP. 2019.

 

3. Resumos publicados em Anais de eventos científicos: Manzini, C. S. S.; Damasceno, V. A. M.; Elias ACA; Orlandi, F. S. O EFEITO DA INTERVENÇÃO PSICOTERAPÊUTICA RELAXAMENTO, IMAGENS MENTAIS E ESPIRITUALIDADE. In: XX Congresso Paulista de Nefrologia, 2019, Atibaia – SP. Resumos do XX Congresso de Nefrologia. São Paulo, SP: Brazilian Journal of Nephrology, 2019. v.41. p.1 – 236.

Tese MANZINI CSS 07-04-2020-3

The brief psychoterapeutic

Efeitos de uma intervencao breve de apoio